Foi só o deputado estadual Marquito (PSOL) aparecer em 2º lugar em uma pesquisa interna para a Prefeitura de Florianópolis que os ataques e fake news da extrema-direita começaram a pipocar. Políticos e comunicadores usaram três episódios  deste início de fevereiro e tentaram vinculá-lo indevidamente ao partido, ao deputado Marquito e a lideranças do PSOL.

Vamos aos fatos!

Camasão e o marido Paulo com Marquito, durante o Bloquito. Foto: Luís BL

1. Fake News: Bloquito não tinha autorização para sair

Quem contou: vereador Gemada (Podemos)

Na Tribuna da Câmara de Vereadores, no dia 7 de fevereiro, o vereador Gemada afirmou que o “Bloquito”, bloco organizado pelo deputado Marquito, não tinha “autorização nenhuma” para sair neste carnaval.

Verdade

Segundo a assessoria de Marquito, o bloco possuia alvará da Prefeitura de Florianópolis, emitido pela Subsecretaria de Urbanismo e Serviços Públicos (Susp) e pelo órgão de trânsito (Diope). Não foi necessário alvará dos bombeiros, pois não havia palco no evento, assim como não havia alvará da Vigilância Sanitária, pois não houve comercialização de bebidas pela organização do bloco.

Cacau Menezes usou foto de presidenta da Amocam para tentar responsabilizar Marquito.

Cacau Menezes usou foto de presidenta da Amocam para tentar responsabilizar Marquito. Foto: Reprodução

2. Fake News: Esquerda acabou com o Onodi e promoveu evento no mesmo lugar

Quem contou: Cacau Menezes, Floripa Mil Grau

O comunicador do grupo ND difundiu uma nota em sua coluna tentando vincular o deputado Marquito a não realização do evento “Arena Onodi” no Campeche. Ele usou foto de eleitores de Marquito para tentar associar a imagem dele e da esquerda ao episódio.

Verdade

Uma denúncia realizada pela Associação de Moradores do Campeche (Amocam) levou os organizadores do Onodi a trocarem o local do evento, e posteriormente, cancelá-lo. Não houve decisão judicial determinando o cancelamento. Moradores da região organizaram um desfile aos moldes tradicionais no domingo de carnaval, de forma independente. Não houve envolvimento da Amocam na organização.

O vereador Gemada (Podemos) admitiu em suas redes que apoiou a organização do evento. Após descobrir que a organização partiu de um aliado político do Prefeito Topázio e não da esquerda, Cacau Menezes removeu a publicação de seu blog. A postagem continua replicada no portal R7.

Nota do mandato do vereador Afrânio. Foto: Reprodução.

3. Assessor de Afrânio acusado de racismo

Quem contou: Jornal ND, Jornal Razão

Os jornais Notícias do Dia e Razão afirmaram que o presidente da União da Ilha da Magia, Rafael Braz de Souza, foi acusado de racismo após a vitória de sua escola na apuração do Carnaval de Florianópolis. Ele é assessor do vereador Afrânio Boppré (PSOL).

Verdade

Uma confusão aconteceu entre integrantes da UIM e da Coloninha, após a proclamação do resultado. O presidente da UIM, Rafael Braz de Souza, afirma ter sido agredido por integrantes da Coloninha. Já uma integrante da Coloninha afirmou ter sofrido discriminação racial. Ela registrou Boletim de Ocorrência contra Valmir Braz de Souza, ex-presidente da UIM, mas que nunca foi assessor da bancada do PSOL. Os jornais passaram a divulgar erroneamente que se tratava de Rafael.

O mandato de Afrânio publicou uma nota elucidando a questão e pedindo investigação sobre os fatos e repudiando qualquer eventual ato de racismo.

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