Vereador apresentou notícia de fato com evidências de abuso de autoridade e uso desproporcional da força à 40a Promotoria
O vereador de Florianópolis Leonel Camasão (PSOL) denunciou ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) a atuação repressiva da Polícia Militar e da Guarda Municipal (GMF) ao longo do carnaval. Foliões registraram diversos episódios de violência durante a festa, com uso desproporcional da força.
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Imagens obtidas pelo parlamentar mostram um casal homoafetivo, que caminhava de mãos dadas, sendo alvo de um ataque gratuito de gás de pimenta, por parte de agentes da PMF. Em seguida, foram empurrados por outro agente. Conforme apurado, os dois iam para casa, na avenida Hercílio Luz.
Camasão também pediu que o MPSC apure outros casos de repressão. Imagens mostram disparos de balas de borracha, fotos de pessoas feridas, com sangramentos na cabeça e marcas de tiros, além de gravações de foliões correndo de bombas de gás lacrimogêneo.
Na notícia de fato, enviada à 40º Promotoria da Comarca da Capital, o vereador aponta supostos crimes de abuso de autoridade e de injúria qualificada por homofobia.
Ainda, o político solicitou a convocação do comandante da GMF, Andrey de Souza Vieira, para que esclareça, na Câmara Municipal, o eventual uso desproporcional da força.
Conforme normativa da Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, os blocos de carnaval poderiam durar até às 2h da manhã. No entanto, segundo relatos de comerciantes, as forças de segurança começaram a fazer o chamado “arrastão” nos locais por volta da 1h20min da manhã. Além disso, casas noturnas da região com autorização para funcionar até às 4h da manhã tiveram que fechar após a ação das forças de segurança.
“O Prefeito justifica os atos de violência contra cidadãos em nome da segurança. Não faz sentido algum. Para garantir segurança, promovem o terror para quem foi festejar o Carnaval, além de demonstrar profundo desprezo pelos comerciantes e pelos ganhos econômicos que a cidade recebe por conta da festa”, afirma o vereador.